Com garras ou des-garradas, entre as intempéries do tempo, dos ventos, das lejanías, dos pagos rurais e urbanos, as sensibilidades de ser e estar na pampa e seus confins, nas águas e bichos com cabeça de onça, inbentando os falares, nós, que possuímos pêlos ou penas, em bando, a passo no más, na terra encharcada, nas ranhuras e ruínas, nas florescências e vivazes, aqui nestes poemas de vida e morte, de gente comum e cotidiana, de gente fêmea: eis que surge a Desgarrada.
 
SOBRE A AUTORA
Juliana Flor é poeta, nascida e criada na fronteira do Brasil com o Uruguai, na mítica e heroica cidade de Jaguarão, Rio Grande do Sul, num trânsito entre seres mágicos, onças brabas, o rio, a lagoa mirim e o campo. É historiadora e antropóloga por vício em causos, assombrações, gentes, bichos, especialmente gatas e galinhas, e demais miudezas e quinquilharias. É autora do livro de poemas Chá de Murta: Campo e Poesia (2020), também se dedica à fotografia amadora, sofre constantemente de algariamento solar e no más é uma vivente a passo pelo mundo.