
Argentina 🇦🇷
Atahualpa Yupanqui
Atahualpa Yupanqui foi o pseudônimo de Hector Roberto Chavero Aramburu (1908 – 1992), que, em quechua, significa “o filho da Terra que veio para narrar”. Foi um dos artistas mais importantes do folclore argentino e do cancioneiro latino-americano do séc. XX, reconhecido principalmente como violonista e compositor. Além disso, atuou brilhantemente no cinema e na literatura.
Sua obra literária compõe-se de Piedra sola (1941), Cerro Bayo (1946), Aires indios (1947), Tierra que anda (1948), Guitarra (1954), El canto del viento (1965), El sacrificio de Tupac Amaru (1971), El payador perseguido (1972), Del algarrobo al cerezo (1977), La palabra sagrada (1989) e, por fim, La capatazia (1992), no mesmo ano em que partiu para o silêncio.
Esta é a primeira vez que seus livros são traduzidos ao português e publicados no Brasil.

Pelotas, RS
Carlos Diniz
Professor aposentado da Universidade Federal de Pelotas, atuou como advogado e foi agraciado com a comenda Oswaldo Vergara e a medalha Leonardo Macedônia da OAB. Foi procurador-geral do Município de Pelotas por duas gestões. Dedica-se há décadas à pesquisa e divulgação da obra de João Simões Lopes Neto, com ampla produção de artigos, livros e conferências. Sua biografia João Simões Lopes: uma biografia (2003) recebeu o Prêmio Açorianos em 2004. É coautor de Novos Textos Simonianos (1991), integrou os projetos Terra Gaúcha – Histórias de Infância e Artinha de Leitura (2013), além de organizar Eu conheci João Simões Lopes Neto (2020). Atualmente preside o Instituto João Simões Lopes Neto.

Porto Alegre, RS
Clarissa Ferreira
É violinista, compositora e pesquisadora gaúcha. Doutora em Etnomusicologia (UNIRIO), mestra (UFRGS) e bacharela em violino (UFPEL), atua na interseção entre música e pesquisa, questionando o regionalismo gaúcho e suas expressões culturais. Criadora do Gauchismo Líquido e da Oficina de Compositoras, alia produção artística e crítica cultural, abordando temas como machismo e natureza na cultura gaúcha. Lançou quatro singles e prepara seu primeiro álbum, LaVaca.

Peru.
David Hidalgo
É jornalista, diretor executivo e cofundador do periódico investigativo OjoPúblico, autor de Sombras de un rescate (2007) e La biblioteca fantasma (2018), e coautor de La navaja suiza del reportero (2016), um manual de investigação para jornalistas da América Latina, de No estamos solos (2024) e de La muerte se escribe sola (2006). Também é coautor e editor do e-book Infodemia, verdades y mentiras en tiempos de pandemia (2020). Recebeu o Premio a la Excelencia Periodística de la Sociedad Interamericana de Prensa (2021 e 2017), o Premio Latinoamericano de Periodismo de Investigación (2016), o Premio Nacional de Derechos Humanos y Periodismo (2015 e 2006), e dirigiu a equipe que em 2021 obteve o Digital Media Awards regional e mundial da Asociación Mundial de Editores de Noticias, dentre outros reconhecimentos.

Argentina, AR.
Fabian Restivo
Jornalista, fotógrafo, escritor, documentalista, com trabalhos publicados em quase todo o mundo e nos mais variados formatos, inclusive direção de teatro ou programas e canais de televisão. Os temas são sempre cultura, arte e comunicação política.
“Sempre encontro uma forma de comunicar quando há algo para dizer. E sempre é através de sensações em imagens ou palavras”.

Porto Alegre, RS
Jane Souza
Foi professora em escolas de Porto Alegre e da Grande Porto Alegre, onde se dedicou a ensinar a ler e a escrever com mais qualidade no Ensino Fundamental. Também escreveu textos relacionados à profissão: dissertação de mestrado, artigos e editoriais de publicações escolares. Entre as publicações, organizou o Mapas da Cidade (Vozes, 1999), composto por textos de alunos. Quanto à ficção, produziu, além da novela Ella, o romance Bia Minha, Isaque Teu (Ed. Viseu, 2024).

Jaguarão, RS
Juliana Flor
É historiadora e antropóloga por vício em causos, assombrações, gentes, bichos, especialmente gatas e galinhas, e demais miudezas e quinquilharias. É autora do livro de poemas Chá de Murta: Campo e Poesia (2020), também se dedica à fotografia amadora, sofre constantemente de algariamento solar e no más é uma vivente a passo pelo mundo.

Novo Hamburgo, RS
Luís Augusto Fischer
É professor de Literatura na UFRGS, fundador da revista Parêntese e nela atua até hoje. Participa do Sarau Elétrico desde o começo. É autor de vários livros de crítica literária, como Machado e Borges, Duas formações, uma história (Arquipélago Editorial, 2008) e Ideologia modernista — A Semana de 22 e sua consagração (Editora Todavia, 2022), vencedor do prêmio de melhor livro de ensaio literário da Biblioteca Nacional (2023). Em ficção, publicou a novela Quatro negros (L&PM, 2008), vencedora do prêmio de melhor novela da APCA (2005), entre outros títulos.

Porto Alegre, RS
Marcelo Martins Silva
É educador social e professor. Em 2019 lançou o livro de poesia O que carrego no ventre pela Figura de Linguagem, finalista do Prêmio AGES Livro do Ano, e, no ano de 2020, A Matéria Inacabada das Coisas pela Editora Diadorim. Em 2021 publicou na Revista Parêntese, do Grupo Matinal Jornalismo, a novela Mil Manhãs Semelhantes que também foi publicado em livro pela editora Coragem em 2025. Foi um dos criadores do podcast de poesia Cafuné com Mandinga, transmitido pela Mínima FM.

Arroio Grande, RS
Marília Floôr Kosby
É poeta e antropóloga. Autora dos livros: Os baobás do fim do mundo (2011), Nós cultuamos todas as doçuras (2015), Mugido (2017), Alma-caroço (2021), Genealogia das mulas (2022), Chúcara / Xucra (2022), entre outros. É docente do curso de Medicina, na Universidade Federal do Pampa, onde atua como pesquisadora no campo da saúde interespecífica, com terapias assistidas por cavalos e novos paradigmas equestres.

Chapecó, SC.
Mayara Floss
É médica de família e comunidade, escritora, vegana, produtora, musicista e ativista. Trabalhadora do SUS e doutoranda em Patologia pela Universidade de São Paulo. Autora dos livros de poesia Aquafaba (2021), Fôlego (2012) e Falta um Poema…(2009). Entre outras coletâneas como Quando fui Paciente (2019), Causos Clínicos (2018), Saúde no Caminho da roça (2018) e Percepções amorosas sobre o cuidado em saúde: estórias da Rua Balsa das 10 (2016).
Entre suas pesquisas e atuação trabalha com saúde planetária, saúde rural e de populações remotas. Já desenvolveu trabalhos principalmente com a Rural Seeds, a Organização Mundial da Saúde e a Organização Mundial de Medicina de Família e Comunidade WONCA. Em 2017, Mayara apresentou no evento TEDx no Brasil em 2017 com a palestra Por que Saúde Rural?. Em 2019 e 2020 com o colega Arnildo Miranda Jr gravaram e lançaram as músicas do Projeto M(Ar). Desde 2019 faz parte da equipe do podcast Medicina em Debate.

Recife, PE.
Nathallia Protazio
É pernambucana, escritora e farmacêutica. Mestre em Psicologia Social pela UFRGS. Faz pós-graduação em Escrita Criativa na LabPub e mantém colunas na Matinal Jornalismo e na Revista RUBEM . Autora de Aqui dentro (Venas Abiertas, 2020), Pela hora da morte (Jandaíra, 2022) e A faxineira mais bem paga do Bom Fim (Zouk, 2024).

Santa Fe, Argentina 🇦🇷
Osvaldo Bayer
Foi jornalista, historiador, escritor, roteirista e torcedor do Rosário Central. É uma referência na luta dos trabalhadores, dos povos originários, dos direitos humanos, e da militância anarquista por um mundo mais justo e pacífico.
Além de A Patagônia rebelde, que reúne os quatro tomos originalmente publicados como Los vengadores de la Patagonia tragica, publicou os livros Severino Di Giovanni, Anarquistas expropiadores, Ventana a Plaza de Mayo, Fútbol argentino, dentre outros.

Fray Bentos, Uruguai.
Pablo Olazábal
Narrador e jornalista. Há vários anos trabalha em rádio, à frente de programas dedicados a livros e escritores. Publicou La Revolución Postergada (2005, contos); Entrar en el juego (2006, contos) e La huida inútil de Violeto Parson (2012, romance). O livro Conversaciones con Mario Levrero foi publicado pela Editorial Trilce, no Uruguai, em 2008 e no Chile, em 2012. Também foi compilador e coautor do livro Bienvenido, Juan. Textos críticos y testimoniales sobre Juan Carlos Onetti (2007).

Bagé, RS
Paulo Ricardo Dicordi
Narrador e premiado escritor natural de Bagé (RS). Publicou, entre outros, QI 14 (1975), Tenho dito! (1984), Paisagem demasiado intensa e outros contos (1997), Na linha da rebentação – meninos guerreiros (2020, e-book) e Meninos guerreiros (2023). Participou de diversas antologias, incluindo Caio de amores (1997), Contos sem fronteiras (2000) e Pena de Ouro: o livro dos finalistas (2023).
Foi reconhecido em importantes concursos literários: 1º lugar no I e II Concursos de Contos Histórias de Trabalho (1994 e 1995), no IV Concurso de Poesias, Contos e Crônicas de Esteio (1995), e no IV Prêmio Internacional Pena de Ouro (2023), além de menções e premiações em concursos nacionais como o Josué Guimarães e o Alberto Renart. Sua obra transita entre humor, literatura regional e contos que refletem a vida e o trabalho, tendo sólida presença na cena literária gaúcha desde os anos 1970.

Porto Alegre, RS
Rafael Escobar
É autor da novela Elogio dos Tratados sobre a Crítica dos Discursos (2017), do romance Bando de Desgraçado (2018) e do livro de poemas Incerto Sim (2019). Escreveu Jonas Pasteleiro no início de 2020, quando o impacto que a pandemia causaria em nossas vidas ainda era um mistério.

Argentina, 🇦 🇷
Roberto Arlt
Roberto Arlt (1900–1942) foi um dos mais importantes escritores argentinos do séc. XX. Além de El criador de gorilas (1941), escreveu livros como El juguete rabioso (1926), Los siete locos (1929), Los Lanzallamas (1931), El Amor Brujo (1932), dentre outros, além de dramaturgia e das “aguafuertes”, que são um conjunto de textos que Arlt publicava em jornal, caracterizados de sagacidade e ironia.

Passo Fundo, RS
Roberto Schaan Ferreira
Roberto Schaan Ferreira nasce em Passo Fundo (RS), em 1958. O fascínio por cavalos e campo o leva, na adolescência, a se aproximar de um tio fazendeiro (Antônio Augusto Ferreira, poeta e letrista), do que decorrem verões em “lombo de cavalo” e a aproximação à literatura gaúcha e à música nativista. Participa, como letrista, dos festivais nativistas nos anos 80 e 90. Junto com colegas, redige e publica o jornal independente Ponta de Faca (1979 e 1980, Faculdade de Direito, UPF). Já em Porto Alegre, funcionário do Banco do Brasil, frequenta os cursos de Jornalismo e História e se forma em Direito (UFRGS, 1985). Exerce a advocacia, o magistério superior e a magistratura federal. Entre 2007 e 2009, escreve Por que os ponchos são negros, distinguido com o Prêmio Açorianos de Criação Literária 2011 e publicado em 2012. Em 2019, compõe letras que, musicadas por Vinícius Brum, formam o álbum Por que os ponchos são negros. De maio de 2021 a novembro de 2022 escreve Deus estava longe.

Porto Alegre, RS
Tiago Maria
Pai de três meninas, cronista e professor da rede pública estadual. Membro do Coletivo de Escritores Negros de Porto Alegre (CEN). Premiado no concurso “desafio de escrita criativa” promovido pelo Instituto Estadual do Livro (IEL). Participou na edição comemorativa da revista Parêntese, dos 250 anos de Porto Alegre. Lançou, em 2022, o livro SEMVERGONHO: crônicas com e sem noção. Publica crônicas quinzenalmente na revista digital RUBEM, às quintas.