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Flávio Damiani é jornalista e pedagogo formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Trabalhou nos principais órgãos de comunicação do estado como RBS TV, Rádio Gaúcha, Rede Bandeirantes e os jornais Zero Hora e Correio do Povo. Foi assessor de comunicação social do Ministério Público do Rio Grande do Sul e da Câmara Municipal de Porto Alegre. Como acadêmico, estudou os movimentos sociais e a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

 

Tem mais de 300 crônicas publicadas em sites, blogs e livros, todas escritas com viés calcado no cotidiano, com pitadas de humor e ironia.

 

SOBRE ESTE LIVRO

por Pedro Soares Gediel

 

Chamar de crônicas os escritos do tio Flávio é uma injustiça, uma das raras insuficiências da nossa tão rica e linda língua portuguesa. Digo isso porque a raiz da palavra se refere à deidade grega Cronos, a qual aprendemos a controlar; no capitalismo, a domesticação desse é exibida com orgulho, ostentamos espólios do nosso domínio. Controlamos o cronos em nossos telefones, levamos no pulso adornos que lembram a todo o instante que o temos sob jugo, colamos blocos de papel em nossas geladeiras. O panóptico que construímos para vigiar cCronos é universal.

 

Todavia, Cronos se refere a esse tempo, o tempo do relógio, os 60 segundos que compõem o minuto e os 60 desses que compõem a hora. O que faz as histórias que cresci ouvindo serem tão especiais é a relação que ele tem com outra deidade do tempo, Kairós, encarregado do tempo que não conseguimos controlar, apesar de fazermos grandes esforços. Kairós é o segundo após o gol, é o esbarrar em uma grande paixão saindo de casa, a noite que dura anos em nossa memória, é o riso da criança, o cheiro daquele momento, é filme, é música, é cor, é a dança. 

 

Kairós sempre nos encanta com sua beleza e por isso corremos atrás dele e ele, rindo, sempre se desvencilha. Quando tentamos controlá-lo ele nos mostra que é livre, na chuva na viagem à praia ou na gripe no dia da festa; mas, quando deixamos a nossa sanha controladora de lado, ele aparece, premiando com sua beleza os que escolheram o movimento, os que decidiram sair à rua em vez de pedir pizza, que decidiram convidar aquela pessoa para um café, que decidiram escrever, ainda que não sejam escritores. Tio Flávio tem a habilidade ímpar de repassar essa beleza em suas palavras, um contador de histórias único, um sacerdote do Kairós, capaz de convidar a deidade, em segundos, ao jantar em que está. 

 

Claro que esses segundos logo se tornam minutos, e os minutos horas. Cronos ensaia a sua fuga, pois todos os que ali estão, acostumados a vigiá-lo, estão imersos na beleza de Kairós. Nesse momento, sempre acompanhado de boa comida, boa bebida e boas companhias, deixávamos Cronos correr, esquecíamos que em 28800 segundos tínhamos que trabalhar, que faltavam apenas 360 minutos para a prova de química, que já eram 28 dias do sétimo mês do ano. Felizmente, esse livro é uma chance aos que não puderam estar nesses momentos, na Pinheira, em Porto Alegre, no Laranjal, em Rainha do Mar… Uma chance de ver um pouco do que tive o privilégio de acompanhar desde que me lembro. 

 

A partir daqui, fica ao leitor uma escolha, saborear essas histórias ou pedir uma pizza…

Damiani em Crônicas

R$ 60,00 Preço normal
R$ 50,00Preço promocional
  • Idioma

    Português

  • Páginas

    148

  • Formato

    140x210mm

  • ISBN

    978-65-85243-00-1

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